domingo, 31 de março de 2013

II Jornadas das Letras galego-portuguesas em Pitões das Júnias (Montalegre)


Equipa do DTS (Desperta do teu sono)


O blogue despertadoteusono.blogspot.com tem a bem organizar para os próximos dias 11 e 12 de maio as II Jornadas das Letras galego-portuguesas. O programa inclui umas conferências, comidas de irmandade, poesia e visita a alguns dos lugares mais emblemáticos da Freguesia de Pitões e do Concelho de Montalegre.
Montalegre é o Concelho mais alto de Portugal e também o mais frio mas o calor das suas gentes e a beleza da sua paisagem é incomparável. Os próximos dias 11 e 12 de maio de 2013 hão de ser mais um motivo de encontro entre as gentes de ambas as beiras da raia cuja identidade comum se manifesta numa mesma forma de viver, de perceber a existência, duma mesma filosofia, uma economia tradicional idêntica e sobre tudo uma mesma origem céltica e galaica e de uma mesma língua. Para mergulhar-nos neste ente auto-sustentável que é Pitões e podermos desfrutar destas terras oferecem-se para a estadia lugares para a dormida e para a comida.
Abaixo o programa com os contatos necessários:

Organização e Matrícula:

José Manuel Barbosa 0034-637-47.48.33
Ro Palomera 0034-673-04.88.59
barbosa_gz@hotmail.com
ros@live.cl
 
Alojamentos e Restaurantes: http://www.cm-montalegre.pt/showPG.php?Id=119
As vagas para a matrícula nas II Jornadas são limitadas e a inscrição acaba o dia 8 de maio de 2013


O programa é:
Dia 11 de Maio Sábado (Hora portuguesa)

  •  12:00: Juntança de irmandade, convívio e jantar na casa de Turismo Rural do Padre Fontes "Nossa Sra dos Remédios em Mourilhe
  • 16:00: Apresentação em Pitões das II Jornadas das Letras galego-portuguesas. Temática: “Lugares mágicos da Gallaecia”.
  • 16:30: Momentos poéticos
  • 17:00: 1ª Palestra:: António Alijó: “Árvores e pedras mágicas do mundo celta.”
  • 17:45:  Momentos poéticos
  • 18:00: 2ª Palestra: Rafael Quintia “Geografias míticas da Galiza e espaços hierofânicos. Mitos, rito e crença”
  • 18:45: Momentos poéticos
  • 19:00: Visita turística pela aldeia de Pitões
  • 20:00: Ceia-Convívio na Taberna Celta
  • 22:00: Atuação do Bruxo Queimam e o Padre Fontes
 Dia 12 de Maio Domingo (hora portuguesa)

      • 10:00: 3ª Palestra: Santiago Bernardez: “Os "Annála Ríoghachta Éireann" e as relações entre a Galiza e Éire na Idade Moderna
      • 10:45: Momentos poéticos
      • 11:00: 4ª Palestra: Miguel Losada: “Os que termam do céu. Imagens da Sacralidade antiga ou quando o mundo era um templo.”
      • 11:45: Momentos poéticos
      • 12:00: Conclusões e encerramento.
      • 12:30: Momentos poéticos 
      • 13:00: Descanso
      • 14:00: Comida num restaurante da aldeia
      • 16:00: Roteiro e explicação pelos exteriores de Pitões



Vagas limitadas

Carxs, bem sabeis que as jornadas são de graça. Não cobramos por assistência mas o jantar do dia 11 de maio ao meio-dia na casa do Padre Fontes em Mourilhe não é obrigatório para a inscrição nas jornadas mas terá um custo de qual informaremos pontualmente (entre 15 e 20 Euros aproximadamente)


·        Pontos de interesse turístico de Pitões:

-A aldeia. Uma das mais bonitas e melhor conservadas de Portugal.
-As ruinas do Mosteiro das Júnias.

-A cascata de Pitões.

-A ermita.

-O Ecomuseu da Casa do Boi.

-O Forno Comunal, no que se coze às manhãs o pão.





Contatos:
Tasca do Açougue                         Nossa Sra Dos Remédios (Hotel rural)
Terreiro do Açougue                            5470-311 Mourilhe
5470 – 250 Montalegre                        Telef. 276510260
Telef.: 276511164                                 www.padrefontes.com
tasca@turibarroso.com                        hotel_mourilhe@iol.pt
Para dormir e comer                            Para dormir e comer

Taberna Terra Celta                       Restaurante D. PEDRO
tabernaterracelta@portugalmail.pt     5470-370 Pitões das Júnias
+351 960 316 315                               Telef.: 276566288

+351 917 666 876                               Para dormir e comer
+351 916 277 040.
Para Comer

Residencial O PRETO                       Abrigos de Pitões  
Telef.: 276566158                                 http://www.abrigosdepitoes.net
5470 – 370 Pitões das Júnias                Para dormir
Para dormir
 


Estamos na TvBarroso:


Aqui, aqui e também aqui
 
Colaboram:  
AGLP (Academia Galega da Língua Portuguesa)
Associação Pró-AGLP
Câmara Municipal de Montalegre 
Junta da Freguesia de Pitões dasJúnias.
PGL (Portal galego da Língua) e AGAL (Associação Galega da Língua) 

Taberna “A Corte dos Bois” emSandiães (Comarca da Lima-Galiza)
Taberna Celta de Pitões das Júnias
Casa de Turismo Rural “NossaSenhora dos Remédios” (Mourilhe-Montalegre)
Tasca do Açougue (Montalegre) 
BruxoQueiman

sábado, 30 de março de 2013

Aluga-se: Museu Arqueológico de Ourense


Por Carolina Hortsman

Não há nada com mais fascínio do que examinar como a memória regressa; para alguns, um cheiro é o detonante, para outros, a linha do rosto, a cor de um objeto ou ainda mais, uma palavra que há de fazer surgir inúmeros pequenos instantes que hão de confirmar o conjunto da memória” Brousseau 1991

Aproveitando os dias de carnaval, quisemos agasalhar uns amigos que visitavam Galiza pela primeira vez com um interessante percurso pelos lugares mais antigos e significativos de Ourense. Foi chegar a São Pedro de Rochas, e os nossos queridos visitantes deram-se conta de algo curioso que a nós parece ter-nos “vacinados” contra este tipo de horrores. Puderam comprovar, ao quererem fotografar a rocha fundacional deste mosteiro, datada em 611 da era Hispânica (equivalente a 573 da Era cristã) que esta estava custodiada no Museu Arqueológico Provincial de Ourense e no seu lugar acharam uma maravilhosa fotografia a cores reproduzindo o objeto tão desejado

Deslocamo-nos até a cidade para eles poderem comprovar o que lhes estávamos a contar no caminho e que repete toda Oficina de Turismo: “ El Museo lleva cerrado más de 10 años, por lo menos en 4 años más no abrirá sus puertas”. A pedra levava já muitos anos repousando na cave-armazém do Instituto Santa Maria de Europa, sem acesso aos visitantes.

Entre a Fantasia e a Realidade

Estes últimos dous anos, perguntando a pessoas próximas ao mundo da arte, a responsáveis de oficinas de turismo e a transeuntes despistados, conseguimos recolher as mais interessantes respostas dos cidadãos perante tamanho e tão lamentável encerro: desde que 'um homem vive aí apetrechado com as obrs de arte' vivendo numa constante êxtase por desfrutar do saber de tanta beleza (quase com um mal de Stendhal às costas); até que têm achado mais e mais vestígios ao irem escavando, o que demoraria a abertura em, pelo menos mais 7 anos.
Lendas urbanas? Quem sabe...O mais triste do assunto é que a gente deixou de pôr em questão às suas autoridades que levaram a isto, deixaram de procurar respostas.
Tantos anos sem acesso à própria cultura deixam a gente sem necessidade de acharmos respostas, totalmente à deriva, permeáveis perante qualquer cultura de fora. Sabemos que o contato direto com o património impulsiona o sentimento de pertença a um povo, afiança e estimula a consciência e a identidade com o território e o povo em que se vive; cria, em definitiva, uma total integração com o contorno e a sua cultura. A cidade de Ourense leva mais de 10 anos sem ter acesso ao seu património, à totalidade dos tesouros da sua região ourensana, à maravilha da sua história. Teve que conhecê-la e bebê-la como um conta gotas, saboreando só uma obra exposta por mês num blogue pendurado da net. Como se fosse um grande presente que devêramos agradecer a tão magnânima mão amiga que achega isso 'pelo bem dos cidadãos', fazendo-nos pensar que tudo é normalidade e livre acesso a esse património tão valioso.
Poderíamos tentar compreender e empatizar com os acontecimentos reais que nos levaram a nos acharmos nesse ponto 'zero', nesse momento de 'animação suspensa' do património ourensano...mas 10 anos (na realidade mais de dez!) falam por si sós.

Se tivéssemos que compará-lo com algum outro Museu em dificuldades, vem-se-me à cabeça automaticamente o desastre ocorrido em Bagdá em 2003, momento em que o Museu foi atacado e saqueado ainda quando meses antes da invasão do Iraque se pedira resguardo e proteção especial deste às tropas dos EUA. Talvez o que muitos não sabem é que este museu foi durante muitos anos “o cofre do tesouro privado de Saddam Hussein” e se manteve fechado desde o ano 1991 até o ano 2000, podendo unicamente ser visitado pelo seu círculo de amigos próximo, proibindo o acesso ao público.
Ainda com todas as dificuldades, os destroços, saques e a metade das salas fechadas abriram as suas portas ao público em 2009, só 6 anos depois de tamanha destruição, sabendo que a história patrimonial é a força para o ressurgir dum povo, tendo total consciência de que não se pode abalizar a destruição cultural.

O acontecer em Ourense...

O modelo de organização compartilhada por duas administrações, não só demonstra um fracasso do ponto de vista da gestão, mas também um desinteresse total por levar a bom porto esta longa agonia patrimonial. Em definitiva, uma negligência de proporções maiúsculas. Por um lado a Administração Central desconhece a realidade ourensana completamente e envia os dinheiros e o pessoal ao edifício de Santa Maria de Europa (A Carvalheira) que basicamente funciona como uma cave-armazém sendo em origem um Liceu de formação profissional. Por outro lado a “Xunta” que não é capaz de gerir de maneira adequada as instalações, supostamente, por uma incapacidade de gerar acordos com a entidade titular... estando pelo meio a Deputação Provincial...Durante estes 10 anos realizaram-se escavações arqueológicas, implementou-se uma sala de exposições (pequena, para todo o património que detenta o Museu) e manteve-se na tabela também 'a peça do mês'. Olha, que também não afirmamos que ficaram de braços cruzados sem fazerem nada, simplesmente, fazer notar que os esforços são poucos, estão mal focados ou mal direcionados ou simplesmente, não há boa vontade para promocionar e pôr em valor o nosso património. As notas impressas às que pode aceder qualquer pessoa que procure alguma informação fazem referência a que estaria 'fechado por obras de reabilitação e ampliação'. Quando o cidadão comum vai ter acesso real ao interior do Museu para comprovar por si próprio esses avanços?
Faz poucos dias, percorrendo os arredores, pudemos comprovar com assombro as deploráveis condições em que estava o edifício (antigo Palácio Episcopal e anteriormente Palácio Real Suevo...e antes Pretório Romano). Achamos os seus muros riscados com graffitti, grande parte das janelas quebradas, sujidade no contorno que rodeia o edifício e dentro da sala expositora dos miliários que dá à rua cheia de folhas secas, terra, lama seca e excrementos. São algumas das amostras que tão insigne edifício apresenta ao cidadão ourensano e visitante. As perguntas, fazem-se evidentes: Que é o que acontece realmente no Museu de Ourense? A que é que se deve a sua tão deteriorada façada? O interior está nas mesmas condições? Quem guarda pela exposição dos miliários na sala visivelmente suja, com uma estética totalmente deteriorada (um deles deitado no chão escondido atrás dum pilar)? Talvez a câmara de segurança dirigida para eles e a entrada de acesso a uma ala do Museu está ativa? Se o Museu leva fechado mais de 10 anos, continua a funcionar o sistema de segurança? Está obsoleto? Ou é simplesmente um 'automatic doorman'?



O Buraco negro de objetos patrimoniais

Como relatávamos no começo, ao comentarmos sobre a pedra fundacional de São Pedro de Rochas (porque nos guias em galego sempre põe 'Rocas'?), toda obra importante, única e sem precedentes parece cair nas mãos fantasmais da cave-armazém -não podemos chamar-lhe de outra forma-, onde vão parar as peças do Museu Arqueológico de Ourense, que é o edifício da Santa Maria de Europa no bairro da Carvalheira. Ficamos condenados a ver uma e outra vez gigantografias a cor ou reproduções de duvidosa qualidade, enquanto os originais passam a fazer parte das listagens sob o lema: “Original: Museu Arqueolóxico de Ourense”. Como tantas outras peças de incalculável valor que deveriam estar expostas, em contato com o público e bem cuidadas.

Não há dinheiro para o Museu, mas pode-se andar pelos cantos de Europa fazendo promoção do “Paraíso Termal”, esbanjando grandes quantidades de dinheiro, deixando a um lado a cultura que se poderia promocinar a esse turista, duma cidade com tanta história como é Ourense. O turista atual não só vem remolhar o corpo nas águas quentes mas é um grande curioso por conhecer história e arte, um verdadeiro investigador que tenta submergir-se no quotidiano das ruas, na gastronomia, na língua das gentes que habitam estes cantos da Europa...assim como a história e o seu passado.
Gastam-se esforços e dinheiro num completo e também, porque não dizê-lo, necessário trabalho arqueológico das Burgas (remodelação de edifícios incluídos), com dous mil metros quadrados onde nos apresentam como a “peça estrela” uma piscina romana, mas não atendem as necessidades arqueológicas culturais e históricas anteriores a Roma. Talvez é que antes da chegada dos romanos não havia cultura aqui? Não havia culto às águas? Não havia religião? Não havia crenças? Não eram os nossos antepassados?
Por parte da “Xunta” também não há dinheiro para atender o Museu mas gastam milhões de euros na construção duma cidade da Cultura (ainda sem terminar) no monte Gaiães em Santiago de Compostela, de duvidosa utilidade e de duvidosa imparcialidade política (a Avenida principal chama-se 'Manuel Fraga')
Tudo isto faz-me lembrar uma citação de Philip Shepherd que dizia “Se estiveres dividido do teu corpo, também estarás dividido do corpo do mundo, que portanto aparece como outro distinto de ti, ou separado de ti, em vez de viver um 'continuum' ao que pertences”. Enquanto, a cidade e os seus habitantes vão continuar aguardando 'qualquer forma de milagre' que abra essas portas que os separam de toda a magia e a grandeza que viveu na antiguidade. Talvez possamos dar-nos conta aos pouquinhos de que o Museu não só tragou os objetos como se dum buraco negro se tratasse, mas também as nossas cabeças...


terça-feira, 26 de março de 2013

Visita do DTS à GALLAECIA PETREA



Por Carolina Horstman

O passado 23 de Março de 2013, o DTS teve a honra de assitir ao convite levado a cabo pelo Homem da Pedra para visitarmos a exposição GALLAECIA PETREA apresentada na Cidade da Cultura de Santiago de Compostela. A iniciativa e organização levada a cabo pelo nosso amigo Homem da Pedra foi secundada por quase uma vintena de pessoas que chegamos um dia de chuva tradicional galego e compostelano. Pela nossa parte ainda não tivéramos oportunidade de visitarmos o famoso edifício do Gaias que tantos rios de tinta fez correr quer pelo seu tamanho como pela sua discutida utilidade.
A visita decorreu por vários dos andares de um dos edifícios do complexo da Cidade da Cultura em cada um dos quais estava uma época histórica do nosso passado. Na sala da Pré-história e Proto-história pudemos desfrutar da visão de diferentes peças levadas ali desde alguns dos museus mais importantes da velha Galécia histórica. Vieram peças de Braga e de Ourense, de Ponte Vedra e de Trás-os-Montes... Havia material lítico paleolítico e neolítico, fotos e imagens da cultura megalítica, assim como utensílios de labor e adornos que os nossos antepassados portavam com orgulho e religiosidade. Também pudemos desfrutar da visão de soldados castrejos representados em pedra, representações de figuras orantes, símbolos solares e restos de portas das casas dos nossos antepassados céltas. 
Na zona correspondente a Roma vimos como a impronta nativa se impôs sobre o forâneo trazido de terras latinas nas estelas funerárias e nas aras onde se faziam oferendas a deuses galaicos sob apariência romana.
A Idade Média monstrou-nos a arte sueva e galaica de época visigoda guardada em desenhos também em pedra assim como arte paleocristão, românico e gótico até a entrada da época Moderna onde descubrimos planos da catedral de Compostela ou esculturas de diversos autores e diferentes motivos.
Foi a época Contemporânea que excitou igualmente a nossa curiosidade com esculturas de autores bem conhecidos à vez que uma imensa foto em perspetiva do Monte Pindo, o nosso Olimpo Celta, presidia a planta baixa do edifício visitado por nós.
Se bem é certo que o edifício estava e está praticamente vazio também é certo que se lhe pode dar utilidade, com um "Arquivo de Galiza" que poderia conter toda a documentação sobre o passado do nosso País espalhada por alguns arquivos situados fora da Galiza onde nem fazem falta nem ajudam aos investigadores do nosso passado a fazerem o seu trabalho de reconstrução da nossa História manipulada e politizada por interesses espúrios. O material guardado nos Arquivos de Simancas ou de Salamanca bem poderíam guardar-se nesse "Arquivo de Galiza", não sei se criado "ad hoc" ou se criado para que alguém se lhe ocorra tal cousa. O que sim sabemos é que fora da Galiza não fazem absolutamente nada que não seja inutilizar o estudo do passado do nosso País e obstaculizar a consulta dos textos de épocas passadas.
A biblioteca do Gaiás, absolutamente vazia também poderia ser utilizada com interessante bibliografia para poder ser consultada por pessoal interessado e a ideia dum Museu Nacional Galego recolhendo todo o material artístico e histórico do País sobrevoou as conversas do grupo que viu a necessidade de centralizar o património mais interessante sem que isso seja motivo para lhe tirar vida aos Centros de Interpretação e Museus secundários como o de Ourense (fechado há mais de doze anos e inutilizado por razões desconhecidas) ou o de Ponte Vedra que fariam o seu labor local e regional.
A iniciativa do Homem da Pedra está sendo importante como organizador deste tipo de eventos que contam com os nossos parabéns e a nossa colaboração. Foi o passado dia 23 de Março, foi posteriormente o 24 domingo na visita de Santa Marinha de Águas Santas e sera o próximo dia 30 numa segunda visita à Cidade da Cultura. Esta última é de graça, quer dizer, pode assistir todo o mundo sem necessidade de pagar por entrar porque estão sendo os últimos dias de exposição e assim é estabelecido pela organização da exposição. Esse dia 30 de Março nós não poderemos acompanhar a visita guiada por guias de luxo mas vai o nosso desejo de sucesso e o nosso apoio.



quarta-feira, 20 de março de 2013

A Língua na Idade Moderna



Por José Manuel Barbosa


-Os séculos Obscuros e os Padres Ilustrados na Galiza


Ao quebrar-se a unidade política galego-portuguesa de época medieval, fazem que as políticas linguísticas em ambos os países sejam diferentes. Em Portugal o centro de gravidade político desloca-se do Norte para o Centro-Sul, enquanto na Galiza se desloca para Castela. Em Portugal a nossa língua faz-se língua nacional enquanto na Galiza fica como fala popular despretigiada por um poder castelhano ao que não lhe interessam as necessidades da Galiza.  Os nossos dous países vão apanhar caminhos diferentes afastados por uma fronteira política artificial, incómoda e indesejável; assim as falas  portuguesas sob a influência substrática moçarábiga enriquecem-se com o contacto com outras línguas e o cultivo literário, mas as falas galegas ficam sem cultivo, empobrecidas e deturpadas pela pressão do castelhano que o vulgariza, desprestigia e desrespeita fechando-lhe a possibilidade de se governar a si próprio e de criar uma literatura que lhe dê flor.
 A variante lusitana, enriquece-se com as profundas renovações do Renascimento e do Humanismo que a fornecem dum vocabulário culto e adequado a novos campos léxicos surgidos das necessidades e inventos do momento histórico, do mesmo jeito do que as outras línguas romances; a variante galega fica ruralizada e reduzida a fala coloquial e familiar na que a única literatura existente que há é de tipo popular e oral. O mundo do agro, dos marinheiros e das profissões tradicionais conserva a sua riqueza mas a modernidade não é capaz de chegar ali onde o castelhano começa a ganhar a posição.
 O castelhano passa-se a ser agora a língua de cultura dos galegos, assim como da administração, agindo de superestrato sobre a fala do país e gerando uma situação de diglossia -neste caso exo-diglossia- que leva a uma série de mudanças na língua dos galegos que ao lado das variações expontâneas da própria fala vai criar uma consciência de dependência e de subordinariedade a respeito do castelhano.
 Ao faltar-lhe o modelo escrito, já que o modelo português fica afastado por razões políticas, a fala dialectaliza-se e castelhaniza-se ao ser utilizado o castelhano como modelo formal.
 Diz-nos Manuel Portas que no léxico só se vai conservar em bom uso o pertencente ao âmbito rústico, rural e marinheiro, mas todo o léxico da administração e do mundo espiritual e/ou intelectual não fica desenvolvido suficientemente, desaparece o existente ou é substituído pelo castelhano (1991:57-63).
Na Fonética vão-se produzir algumas deturpações; umas como consequência da própria evolução da língua sem modelo de correção e outras condicionadas pelo espanhol. Todas elas vão determinar a feição da língua dessa época histórica e de épocas posteriores que hão de vir daí em adiante, mas também na grafia acabam por esquecer-se as formas medievais exceto algumas honrosas exceções., Quando se escreve em galego, faz-se com a ortografia do espanhol que mesmo é decalcada das mudanças que a língua de Castela leva a cabo no século XVIII: Formas gráficas como o uso do B e do V, também do Ç e do Z ao jeito galego-portuguesa histórico que até a altura coincidiam com os usos em espanhol deixam de ser usadas quando a RAE (Real Academia Espanhola da Língua) decide mudar os seus usos no castelhano para a forma atual no ano 1726 ao publicar o “Diccionario de Autoridades”. Grafias como o “Que” “Qui” em palavras como “frequente” “aquífero” são deixadas pelo uso do “cue” “cui” (frecuente, acuifero) quando a própria RAE modifica a ortografia do castelhano em 1815.
Mesmo os usos do acento são decalques das formas que a RAE preceitua para o espanhol esquecendo os que adatam para a língua da Galiza a diferente abertura das vogais na língua do país e afastando os usos escritos do resto da lusofonia/galeguia internacional.
 Da mesma forma do que a maioria das línguas da Europa ficam fixadas por gramáticas, na Galiza os estudiosos, linguistas e escritores que puderam ter preocupações relacionadas com o cultivo e correção da língua não vão passar à história pelas suas inquietações corretoras e de fixar normas, nem sequer em muitos casos por usar a língua do país. A imprensa, recém descoberta, não vai trabalhar para a língua dos galegos e só contamos com um pobre Vocabulário do Bacharel Olea no 1536 para além de contributos dos professores da Universidade de Salamanca Fernán Nuñez e Gonzalo Correas cujo fim não é cultivar a língua, mas estudá-la como quem estuda um raro exemplar de ofídio tropical ou os costumes tribais duma tribo da Nova Guiné.
 A maior parte dos textos redigidos na Galiza são editados em latim ou castelhano enquanto a fala do país, praticamente aliterária e acultural fica ágrafa e dialetalizada, pretensamente inútil para a ciência, a arte, a cultura e a religião. Tudo em favor do castelhano. 
 É a consequência das leis das Cortes de Toledo de 1480 que ordenavam o conhecimento obrigatório do castelhano para obter o título de escrivão. Isto vai fazer quase desaparecer a língua dos galegos dos documentos oficiais que junto com outros condicionantes políticos e económicos faz com que o galego-português da Galiza esmoreça pouco a pouco do ponto de vista da escrita, mas não no oral já que o povo mantém a língua como instrumento de uso normal e habitual. Só uma minoria próxima ao poder político usa e mantém o castelhano como a sua língua embora não possa substrair-se à língua do país na que estão inseridos por razões óbvias.
 É em 1768 quando a Real Cédula de Aranjuez obriga a que no ensino se use o castelhano em toda a Monarquia Católica ou Monarquia Hispânica (1). Esta normativa atinge também à Galiza por ser um reino incluído dentro desta Monarquia mas com muitos obstáculos para se impor porque a maioria da população galega está longe do ensino pela sua condição económica camponesa, marinheira e em qualquer caso popular.
 Pelo contrário, os nobres já castelhanizados de antes podem aceder à instrução e portanto à castelhanização maciça embora a sua inclusão no mundo popular galaico não permita que a língua do país lhes seja totalmente alheia. (Portas:1991:54-63)
 O galego-português desta época é maioritariamente falado embora existam textos escritos, sobretudo no período Barroco, breves poesias ou obras de teatro como o “Entremez famoso sobre a pesca do rio Minho” de Gabriel Feijó de Araújo, ou os cantos natalícios, cantigas de cego, de berço, contos, cantos de trabalho, entrudos, regueifas, etc.
 A castelhanização lexical, ortográfica, morfológico-sintáctica e de estilo começa a fazer a sua aparição mas é durante o século XVIII quando a ilustração começa também a fazer o seu trabalho de crítica e reivindicação. São os Padres Ilustrados  que contestam a situação sócio-económica, política, cultural e linguística do país, a situação de marginalização da língua reivindicando uma autoestima necessária. 

 O Padre Feijó, o Padre Sobreira, o Cura de Friume e o Padre Sarmento são os que empregam os seus esforços em reconhecerem a inalterável unidade linguística galego-portuguesa para além de levar a cabo um trabalho de recolha lexical, de criação poética e reivindicação do ensino na língua do país inestimável. Não se pense com isto que a igreja trabalhava em prol da cultura e da língua do país mas pelo contrário. É esta instituição a que contribuiu com mais força para o uso e introdução do castelhano entre o povo e na documentação, mesmo até ao incumprimento do Concílio de Trento de 1562 no que se tivera acordado a utilização das chamadas línguas vernáculas no seu labor pastoral com o objectivo de que no povo se pudesse perceer melhor a mensagem cristã que até essa altura se vinha fazendo em latim. 
 Comentam-nos os professores Carlos Garrido e Carles Riera (2000:17-39) que a igreja galega desatende isso até o ponto de introduzir graves castelhanismos na fala popular como “iglésia”, “pueblo”, “Dios”, etc..

Texto

Respice finem

Morte cruel, esa tredora mañá
de roubar de non cato a humana vida
con que ollos a podeche ver comprida
na santa Reina que hoxe perde España?

Se aquel rancor que te carcome e laña
che tiña a mao, para matar, erguida,
non deras noutra parte esa ferida
donde non fora a lástima tamaña?

Non se torçera aquel fatal costume
i a lei que iguala do morrer na sorte
os altos Reis cos baixos labradores?

Terrible, en fin, é teu poder, oh, Morte!,
pois diante de ti Reis e señores
son néboa, sobra, póo, son vento e fume.

Pedro Vázquez de Neira. Relación de las Exequias de la Reina Doña
Margarita de Austria. 1611.

Texto

Canto Natalício

Ay se nosso Deus galego se faze
Vamos a cantar à choucinha em que nasce
Ay se sua May é de Compostela
Vamos a cantar formosa galega.

Todo Galeguinho toque churumbela
Que o meninho belo é da nossa terra.
Façamos-lhe todos a dança galega
Que está desnudinho, e chora, e trema.

Pois nasce em Galiza à falda da serra,
Galego se faze, é da nossa terra!

Vilancico do ano 1637editado por Carolina Michaelis de Vasconcelos

 

-Unificação da língua em Portugal



No Portugal do século XVIII o florescimento da língua é real e frutífero; a Academia Real das Ciências, fundada no 1779 pelo Duque de Lafões e o abade Correia da Serra trabalha na afixação da língua com o vocabulário Português-Latino em 10 Volumes e o Dicionário de Morais da Silva.

 O estudo da língua leva-se a cabo por personagens como Duarte Nunes de Leão embora a divagação retórica faz com que os resultados práticos venham com o aparecimento do Vocabulário Português feito por Bluteau, precursor do dicionário de Morais da Silva.

 Os contactos com outras línguas e o tratamento culto do português fazem com que haja um aumento dos latinismos e neologismos assim como um grande acréscimo dos galicismos mercê à hegemonia política e cultural francesa nos séculos XVIII e XIX. No entanto, a entrada de formas holandesas, italianas e das línguas nativas dos povos em contacto com os portugueses também se faz sentir fundamente. 
 O pedantismo da época sustenta um marcado purismo e contribui para a recuperação de arcaísmos quinhentistas até que o critério histórico-comparativo senta as bases da literatura tradicional com o que vem nascer o romantismo.

 Já no século XIX, quando o romantismo é o estilo que marca a estética da época, a força de expressão dos grandes vultos da literatura na nossa língua, como Alexandre Herculano, Almeida Garret ou Camilo Castelo Branco abre passagem ao sentimentalismo e à entrada do léxico francês à moda.

 Posteriormente, o realismo é o seguinte  estilo com o qual começa a literatura portuguesa a chegar aos nossos dias junto com o conceito do português contemporâneo. Antero de Quental, Oliveira Martins e Eça de Queiros –neto de galegos-, são os grandes dos fins do XIX começando o século com grandes personagens da literatura, já não só portuguesa, mas universal, como Teixeira de Pascoães, Sá Carneiro ou o grandíssimo Fernando Pessoa –também neto de galegos-.


 Reunem-se em Coimbra no ano de 1927 em torno à revista “Presença” um grupo de literatos dos que há que salientar um de entre todos, o trasmontano Miguel Torga. Torga é um dos mais grandes literatos portugueses do século XX, vinculado afetivamente às terras da Galiza portuguesa do interior e com os olhos e o coração postos nas terras do Norte. Grandes nomes de autores do XX são Ferreira de Castro, Fernando Namora, Gomes Ferreira, Manuel Ferreira, Vergílio Ferreira e Agustina Bessa e Luís. A literatura na nossa língua vai entrando no tempo e fazendo parte da história da literatura universal segundo vai entrando o século das grandes guerras. Grandes literatos, grandes figuras e lento acordar das letras e das consciências na civilização do mar e do granito.



Texto



Liberdade, onde estás? Quem te demora?

Quem faz que o teu influxo em nós não caia?

Porque (triste de mim!) porque não raia

Já na esfera da Lísia a tua aurora?



Da santa redenção é vinda a hora

A esta parte do mundo, que desmaia.

Oh! Venha... Oh! Venha, e trémulo descaia

Despotismo feroz, que nos devora!



Eia! Acode ao mortal que, frio e mudo,

Oculta o pátrio amor, torce a vontade,

E em fingir, por temor, empenha estudo.



Movam nossos grilhões tua piedade;

Nosso númen tu és, e glória, e tudo,

Mãe do génio e prazer, ó Liberdade!



                                               Rimas. Manuel Maria Hedois Barbosa du Bocage. S. XVIII







Texto



Este inferno de amar –como eu amo!

Quem mo pôs aqui n’alma...Quem foi?

Esta chama que alenta e consome,

Que é a vida –e que a vida destrói-

Como é que se veio a atear,

Quando –ai quando se há-de ela apagar?



Eu não sei, não me lembra; o passado,

A outra vida que dantes vivi

Era um sonho talvez... –foi um sonho-

Em que paz tão serena a dormi!

Oh! que doce era aquele sonhar...

Quem me veio, ai de mim! Despertar?



Só me lembra que um dia formoso

Eu passei...dava o sol tanta luz!

E os meus olhos, que vagos giravam,

Em seus olhos ardentes os pus.

Que fez ela? Eu que fiz? –Não no sei;

Mas nessa hora a viver comecei...



Folhas caidas. João Baptista da Silva Leitão de  Almeida Garret. (1853)





Texto



Terra da minha infância,

Tecto de meus maiores,

Meu breve jardinzinho,

Minhas pendidas flores,



Harmonioso e santo

Sino do presbitério,

Cruzeiro venerando

Do humilde cemitério,

Onde os avós dormiram,

E dormirão os pais:

Onde eu talvez não durma,

Nem reze, talvez, mais,



Eu vos saúdo! E o longo

Suspiro amargurado

Vos mando. É quanto pode

Mandar pobre soldado.



Sobre as cavadas ondas

Dos mares procelosos,

Por vós já fiz soar

Meus cantos dolorosos.



Porque em meu sangue ardia

A febre da saudade,

Febre que só minora

Sopro de tempestade;



Mas que se irrita, e dura

Quando é tranquilo o mar;

Quando da pátria o céu

Céu puro vem lembrar;

Quando, no extremo ocaso,

A nuvem vaporosa,

À frouxa luz da tarde,

Na cor imita a rosa;



O soldado. Alexandre Herculano. (1832)





Texto

                                Mar Português



Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!



Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.



Mensagem. Fernando Pessoa



Referências:

(1)  Monarquia Católica ou Monarquia Hispânica é nome oficial do ente político-administrativo que os livros de História denominam com o nome incorreto de Reino da Espanha, Império Espanhol, Coroa de Espanha ou simplesmente Espanha



http://israelmv.wordpress.com/tag/seculos-escuros/


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