sexta-feira, 4 de maio de 2012

Na reta final...

     



Por: Dts Editores

     Achamo-nos na reta final. Faltando só um dia para as Jornadas das Letras Galego-Portuguesas, as quais se vão levar a cabo os dias 5 e 6 de maio em alguns dos lugares mais emblemáticos do Concelho de Montalegre, ainda é que nos chegam mensagens de partilha e de colaboração, quando não manifestações de ânimo e apoio explícito.

    Vamos começar o sábado dia 5 reunindo-nos no Hotel Rural "A Nossa Senhora dos Remédios" de Mourilhe (Casa do Padre Fontes) por volta das 12:00 horas em horário português (e aquele horário que deveria, por razões evidentes, ser também galego) onde vamos inaugurar a jornada partilhando jantar (almoço para muitos portugueses...) entre todos os assistentes. O distintivo deste convívio será dado por um recital de poesia no que os mesmos convidados às Jornadas partilharão os seus poemas inéditos e próprios com o conjunto dos assistentes. Também pode ser que as leituras de poemas, em vez de serem próprios e inéditos incluam os escritos dalgum clássico galego, português ou em geral de qualquer autor das nossas letras, estas que viajam mares e continentes e que fazem de nós uma comunidade humana com personalidade própria, numa língua que é a quinta da humanidade e visualizada como uma das mais importantes do mundo para aqueles que mesmo não a falam.

      Posteriormentte, cerca das 16:00 horas vamos nos deslocarmos para Pitões das Júnias para começarmos as palestras na aula que a Junta da Freguesia nos cedeu para ouvirmos a quatro pessoas, queridas e admiradas, que nos vão falar daquelas raízes celtas que nos alimentam e nos dão razão de ser e existir como galaicos que somos, dum ou doutro lado da raia. O nosso Padre Fontes, a nossa amiga Fátima Figueiredo, o prometedor David Outeiro e a grande Blanca G. Fernández-Albalat vão lembrar a próprios e a estranhos que um sangue corre pelas nossas veias, um sangue quente e vermelho que bota chispas quando a palavra "celta" soa no ar; esse sangue, que como nos dizia a cantiga de Cabanilhas, nos dá direito à livre e honrada chouça; esse sangue vertido na batalha do Douro e no Medúlio contra o imperialismo mediterrânico; esse sangue que faz de nós um único povo apesar de raias e de impérios; esse sangue que nos une e que nos vai fazer rir, comer e ouvir-nos nuns dos lugares mais lindos da velha Gallaecia; nuns lugares frios de clima mas aquecido por uma gente valorosa e corajuda: Mourilhe e Pitões.

     Para conhecermos os pormenores, convidamos ao leitor para dar uma nova vista de olhos ao programa (click)

     Agradecemos a todas as pessoas inscritas para participarem, pois ainda nestes tempos de dificuldades, vemos como a gente continua a se interessar pela cultura, as letras, o convívio entre irmãos e mesmo pelas raízes e pela ancestralidade comum. Obrigadíssimos ao Padre Fontes, o nosso druída, porque foi pé e origem de tudo isto; obrigados ao amigo António Ferreirinha que nos abriu as portas do Concelho e da Câmara Municipal de Montalegre à qual também agradecemos imenso; obrigados ao nosso amigo Cascais pela sua disposição, amabilidade, hospitalidade e o seu calmo e eterno sorriso; obrigados à Margarida e à Ana da Taberna Celta.... Obrigados a todos e a todas. Sois gente linda, como essa terra barrosã limpa e sã que nos acolhe. 

     Ficamos contentes de pensar que aquilo que nasceu como um sonho de irmandade se vai transformando lentamente com o trabalho constante dos organizadores e o entusiasmo dos participantes numa realidade tangível.










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